Por favor, fiquem vivos e saudáveis. Vamos lutar pela manutenção da vida em que fomos criados, a vida de verdade. Vamos nos unir e nos livrar dos chatos artificiais.
Vamos continuar a ler livros e jornais no papel, mergulhar em textos longos e refletir sobre seus conteúdos. Vamos seguir falando o português, escutando música boa, comendo comida de verdade, dançando, viajando, sentindo o vento no rosto e o perfume do mundo limpo.
Por favor, não desistam da vida que acontece fora das telas e das redes sociais. É claro que agora não podemos aglomerar, mas quando essa pandemia passar, vamos resgatar a realidade presencial.
Vamos ser maduros, com nossas rugas e experiências, resistir à imposição juvenil e lutar contra a lavagem cerebral das grandes companhias de tecnologia. Equipamentos são úteis, fazem muitas coisas, mas não chegam nem perto da experiência física com a natureza.
Vamos sobreviver a esta pandemia para embarcar de volta no trem do cinema com telão, dos shows no teatro, do futebol no estádio, das compras em lojas físicas, das conversar nos cafés e nos bares; das refeições com falatórios e celular desligado. Vamos curtir integralmente as crianças, as ruas, os parques, as estradas, as praias, os campos e as matas, olhando em volta sem a preocupação em postar fotos.
Se nos entregarmos ao estilo de vida virtual, do QR Code, vamos perder a nossa essência humana e isso não é retórica. Vamos aproveitar a tecnologia sem sermos vítimas dela.
Lá no final, ao chegarmos na última estação, o mais importante dessa viagem serão as histórias bacanas que teremos pra contar. Todo o resto terá sido perda de tempo.
Projetos com Falhas
Em Guaíba, entra governo e sai governo e os projetos de lei do Executivo seguem sendo enviados para a Câmara de Vereadores em cima do laço e cheios de falhas. Um defeito de fábrica na política da Aldeia.
Empáfia na Setudec
A Tia Alaíde me ligou, tarde da noite, enquanto assistia o jogo de vôlei na Olimpíada. Tarde da noite significa assunto forte. Ela me contou que o clima está pesado na Setudec; que pontes estão sendo destruídas pela empáfia.
Se comentar isso na Coluna, não vou passar por fofoqueiro, tia? Perguntei. Nem um pouco; será um alerta importante, afirmou minha parenta bem-informada.
Anúncio da CMPC
Nesta sexta-feira, 6, a CMPC chamou a imprensa para uma coletiva via internet a fim de anunciar um projeto de grande relevância para a indústria brasileira e do Rio Grande do Sul, que vai se tornar referência no setor. A informação está sob sigilo, mas logo após a entrevista vamos divulgar no site da Gazeta Centro-Sul. Apurei que tem a ver com modernização e sustentabilidade e que vai gerar muitos empregos na Região.
Mercado Walter Galvani
Há um movimento importante, que iniciou com o escritor Paulo Palombo Pruss, para dar o nome de Walter Galvani ao Mercado Público de Porto Alegre. Na edição de ZH (10 e 11 de julho), o colunista Ricardo Chaves publicou um relato sobre a campanha que o jornalista e escritor Walter Galvani (falecido em 29 de junho de 2021, aos 87 anos) fez para preservar o prédio do Mercado, que por pouco não foi demolido na década de 1970 em nome da “modernidade”.
Um fato especialmente importante pra mim foi que meu tio, Alberto André, colega de Galvani no Correio do Povo na época, o apoiou na luta para manter o prédio histórico de pé. Hoje, quase cinquenta anos depois, me engajo na corrente que pede o nome de Walter Galvani por ser ele “o homem que salvou o Mercado Público”, conforme registrou Ricardo Chaves na sua Coluna Almanaque Gaúcho em ZH.
Bolsonaro x STF
Está tensa a relação entre o Presidente Bolsonaro e os ministros do STF e do TSE. O Bolsonaro, com seu jeito ogro de se comunicar, ataca os ministros da Suprema Corte, em especial o Barroso.
Quando o Bolsonaro bateu forte no PT, foi eleito presidente. Agora, ele foca no STF. Tem um ingrediente neste ataque que está sendo pouco comentado. Quando o STF anulou as condenações de Lula e o tornou elegível, após cinco anos, sendo que a primeira condenação já havia passado por três instâncias, a população não engoliu, considerando que no contexto há um comando de empreiteiros réus confessos. Outra questão que enfraqueceu a confiança na Suprema Corte foi o ataque à Lava Jato, a maior ação de combate à corrupção da história do Brasil. Neste caso, Bolsonaro, também atacou a Lava Jato.
Resumo da Bufa: arrogância, justiça que enxerga, ataque a quem ataca a corrupção, interesses partidários e sede de poder é o que move a guerra em Brasília. Enquanto isso, o povo segue trabalhando duro e fazendo o que pode para sobreviver, pagando os banquetes do andar de cima. Para aliviar o povão, umas medalhas na Olimpíada da Pandemia e muita emoção na Globo.
Leandro André
leandro.andre.gazeta@gmail.com
Publicado em 6/8/21