O Hino Rio-grandense é inspirado na revolta a que um dia fomos forçados para conquistar direitos e tratamento igualitário por parte do Império, que tratava esses pagos sulistas com total descaso. Refere-se à Revolução Farroupilha como “nossas façanhas”, sugerindo que sirvam de modelo “a toda terra”, no caso, a toda gente que recebe tratamento semelhante. A letra é de Francisco Pinto da Fontoura, e a música, de Joaquim José Mendanha.
Como a aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o 20 de setembro
O precursor da liberdade
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
Mas não basta, pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
Neste 20 de setembro de 2024, ainda vivendo a luta pela reconstrução de parte expressiva do Rio Grande do Sul, depois dos fenômenos naturais que causaram perdas humanas irreparáveis e tantos estragos, penso na ajuda material e no conforto vindos de todo o País, fazendo-nos emocionados e gratos de pertencermos ao Brasil desses brasileiros.
Foram enviadas tantas doações, chegou tanta ajuda humanitária, que nós, os gaúchos, resistimos a tudo com maior coragem. Jamais esqueceremos da brava gente brasileira que nos estendeu a mão e, com sua força somada à nossa, nos transformou em fortalezas.
O Hino Rio-grandense tem sido entoado por todo o País, em demonstrações de solidariedade que tocam nossos corações. O mapa do nosso Estado, que achávamos ser parecido com uma cuia de chimarrão, agora se faz ramalhete de flores, com hastes amarradas no extremo sul, oferecido aos brasileiros de outros Estados para expressar nossa eterna gratidão.
Baita vizinhança, essa do Rio Grande do Sul!
Cristina André
Publicado em 20/9/24