Apagão significa blecaute; interrupção do fornecimento de energia elétrica em determinado local. Podemos usar este conceito para exemplificar ausências, faltas e falhas em vários segmentos, como na Saúde, Educação e Segurança, entre outros tantos. A proposta hoje é tratar sobre o apagão da Imprensa.
Primeiro, é importante entender o papel da Imprensa, que deve ser o de informar com imparcialidade e veracidade os fatos relevantes para a sociedade.
Ramal – Aqui é preciso entrar no ramal da falsa Imprensa; entenda-se a que realiza influência cínica e ideológica, o que, infelizmente, está cada vez mais em pauta.
Não se pode generalizar. Esse é outro grande erro; sempre que generalizamos, certamente estamos cometendo um erro maior do que aquele que apontamos. Portanto, nada de julgamentos passionais.
Voltando – Saindo do ramal da falsa imprensa e voltando ao tema de fundo desta Coluna, destaca-se que o apagão da Imprensa é uma realidade em várias comunidades mundo afora. Com a revolução tecnológica, a Internet e seus agregados ampliaram sobremaneira o acesso à informação, o que é muito bom. Antes, éramos um bando de abobados seguindo a cartilha de uma emissora de televisão (esse bando ainda existe, mas é bem menor – mãozinhas juntas). Acontece que tem uma armadilha bem perigosa nesta virada de chave. Vamos lá!
As redes sociais são positivas em relação ao enfrentamento do cartel da informação, mas é preciso ficarmos atentos, pois o diabo está no pacote da salvação, com o veneno das notícias falsas. Meu avô diria que é aí que a porca torce o rabo.
Sem a Imprensa profissional de verdade (pode estar em extinção, mas existe) para checar as informações e atestar a realidade dos fatos, ficamos no limbo das narrativas, divididos em bolhas.
Enfoque Regional – Direcionando o tema do apagão para a questão regional, sem a Imprensa local ou Regional não existe o registro histórico e a comunidade perde a sua identidade, se transformando num amontoado de gente. Onde encontrar os eventos relevantes da cidade? Onde buscar dados do desenvolvimento regional? Onde debater as questões locais a fim de não repetir os erros e buscar alternativas para avançar com qualidade de vida?
Resumo da bufa: as redes sociais são muito importantes em relação à pluralidade das informações e à transparência, mas a Imprensa (de verdade) continua sendo fundamental, pois informação é como água, é vital, mas depende da fonte.
É importante refletirmos sobre isso, pois, apesar da agilidade, da abrangência e da transparência entregues no mundo digital, as coisas andam rápido demais, artificiais demais e rasas demais. Conversa boa, essa, para um almoço ou jantar entre amigos.
Por trás do voto
Todos buscamos uma vida melhor, a felicidade. Este é o ponto principal que está por trás do voto. Candidatos que têm trabalho, contribuindo para se alcançar melhor qualidade de vida, têm mais chance de se elegerem. O complicado neste contexto, e sempre aparece uma complicação, são os vendedores de ilusões.
Nos períodos que antecedem as eleições, os vendedores de ilusões começam a sair das cavernas cheios de soluções fáceis para problemas difíceis. Precisamos ficar atentos e descobrir de onde surgem os salvadores da pátria.
Direita ou Esquerda?
No mundo político polarizado tem discussão dura sobre o melhor sistema de governo: conservador (de direita) ou progressista (de esquerda). Como já percebi que estamos vivendo em bolhas e não adianta tentar convencer o sujeito da outra bolha, adotei uma estratégia que requer simples consulta e comparação.
Proponho o seguinte: pegue as dez cidades, os dez Estados e os dez países onde existe mais prosperidade, população vivendo com melhor qualidade de vida e liberdade (vale também para os mais pobres) e observe qual o sistema político que vigora: de direita ou de esquerda.
Leandro André
Publicado em 19/7/24