Ah, Vira Virou…

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Tarde do penúltimo domingo desse setembro de muitas chuvas, pegamos a estrada em direção à Capital de todos os gaúchos, para chegarmos ao teatro do prédio 40 da PUCRS, seguindo o rumo dos nossos próprios corações.

Às dezenove horas, integrando uma plateia de aproximadamente quinhentas pessoas, recebemos o maestro Gabriel Machado e os músicos que o acompanhavam com muitos aplausos. Teve início, então, o “Vem Cantar Porto Alegre”, projeto do maestro para as capitais brasileiras, em que a plateia é a grande atração do espetáculo.

Tivemos breve aula sobre canto-coral, postura, respiração correta e comportamento artístico de modo geral. Fomos divididos em três grupos, pela localização na plateia, e começamos o ensaio, seguindo orientações do paciencioso maestro. Estrofes de “Vira Virou”, que fez sucesso nas vozes do MPB4 nos anos oitenta, apareciam projetadas no fundo do palco, com arranjos especialmente feitos para o evento.

Verdade seja dita, sem desmerecer o condutor da batuta nem os músicos, parecia difícil acreditar que conseguiríamos fazer bonito com a canção de Kleiton Ramil. Pois fizemos!

Soltamos as nossas vozes caseiras, cumprindo a devida disciplina, e o milagre aconteceu. Ficou um espetáculo!

Voltamos para casa cantando “Vira Virou”, assim como tínhamos ido até o teatro. Eu, lembrando de dois outros shows em que estive na plateia: no Teatro Leopoldina, em 1980, quando iniciou a primeira turnê brasileira da dupla Kleiton e Kledir com o MPB4; e no Teatro do Bourbon Country, em 2022, do MPB4 com Kleiton e Kledir, em comemoração aos quarenta anos da primeira turnê que fizeram pelo País (com dois anos de atraso por causa da pandemia).

E a vida, que é mesmo um presente, me deu a oportunidade de cantar a canção que sempre me encantou, desta vez integrando o coral do maestro Gabriel Machado, um gaúcho radicado em Curitiba que está alegrando o Brasil com seu projeto musical.

“Vou voltar na primavera, e era tudo que eu queria, levo terra nova daqui. Quero ver o passaredo pelos portos de Lisboa…”.

Obrigada, Maestro!

 

Cristina André

cristina.andre.gazeta@gmail.com

Publicado em 22/9/23

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