No sétimo mês de cada ano, são muitas as lembranças construídas a partir de vivências amorosas em família. É em julho que acontecem as férias de inverno para crianças e jovens estudantes, e gente de toda idade celebra, no vigésimo sexto dia, o dia dos avós, ideia de uma senhora portuguesa.
Dona Aninhas, que tinha seis netos, considerava os avós pessoas muito importantes para as famílias. Reivindicou, durante duas décadas, que houvesse um dia especial para celebrar estes ancestrais. Visitou diversos países para divulgar a ideia, até que, em 2003, a Assembleia da República Portuguesa instituiu o Dia Mundial dos Avós em homenagem a ela. E o 26 de julho, que era de todos os santos, passou a ser de São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria, avós de Jesus. O Brasil acompanha Portugal nesta comemoração afetiva.
Neste adorável mês de julho que se encerra, inspirados pela gratidão de sermos a Vó e o Vô da Isabela, que é muito estudiosa e adora ler, fizemos uma viagem incrível com ela. Breve, mas com muita diversão, leituras e cantorias, boas conversas e passeios maravilhosos. Sobretudo, de valorização do nosso Estado.
Partimos para a cidade de Rio Grande com um roteiro planejado, mas flexível, de acordo com o tempo e os interesses que por ventura surgissem. Café da manhã nas Cucas, em Barra do Ribeiro, e almoço no Tropicalis, restaurante charmoso, na Praia das Nereidas, em São Lourenço do Sul.
Entre passeios e paradas para fotos, eis que chegamos a Rio Grande. Depois de acomodados no Hotel, fomos para onde vão os rio-grandinos nos fins de semana: Praia do Cassino. À noite, jantar no Hotel.
No dia seguinte, depois do bom café ao som de conversas em inglês, mandarim e árabe em outras mesas, partimos para a grande aventura de trafegar de carro pelas areias da praia e chegar até as vagonetas, nos Molhes, embarcar e ficar quatro quilômetros mar adentro, emoção aumentada pela visão de golfinhos.
Lanche com chocolate quente, retornamos para o Centro da cidade. Hora de visitar o Museu Oceanográfico da Universidade Federal. Diga-se de passagem, um espetáculo de aula gratuita que nos encantou sobremaneira. Caminhada pelas áreas reservadas aos animais que recebem cuidados especiais, imagens e modo de vida nas estações da Antártida, e a história impressionante do empresário local que salvou o Museu.
Jantar no Hotel, visita à bela livraria onde compramos um livro de poesias da Adélia Prado, motivo de leituras aleatórias antes de dormir, no outro dia e na viagem de volta.
De manhã, visita ao Mercado Público, loja de lembrancinhas, surpresa com o leão marinho que se exibe para turistas no porto antigo. Passagem em Pelotas para almoço e compra de doces, tomamos a estrada, com chuva, de volta a Guaíba. Relembrando lugares, cantando (CDs escolhidos por votação), inventando poesias. Comentando belezas, aprendizados e aventuras vividas neste adorável julho findo.
Cristina André
cristina.andre.gazeta@gmail.com
Publicado em 28/7/23
