Nos grupos de WhatsApp, em conversas com familiares e amigos, costumo me despedir postando uma figurinha que adoro: um belo laço de fita amarelo com a frase “A vida é um presente”. É assim que expresso minha compreensão em favor da existência, com seu vaivém de alegrias e tristezas, seu sobe-desce de conquistas e perdas, suas chegadas e partidas, pois disso tudo é feita a vida de todo mundo.
Verdade seja dita, momentos há em que ficamos mais expostos às infelicidades, seres frágeis que somos, todos nós. Seja pela dor sentida na própria pele ou pela observação de mãos dadas com a empatia, se instala no coração uma vontade avassaladora de tomar as rédeas da situação, de resolver tudo imediatamente, feito poderosa Mãe Natureza.
Mas se faz necessário entendermos nossos limites humanos, que independem de escolhas ou bens materiais. Nos darmos conta de que viver e lutar são verbos de conjugação simultânea, ligados aos adjetivos coragem e resiliência, tudo regido pela gramática da solidariedade, da fé e da gratidão.
É sabido e sentido que, nestes dias de águas desalojando pessoas na mesma proporção em que costumam matar a sede e apagar incêndios, fica ainda mais complicada a tarefa de compreender o mundo em que vivemos. É nosso trabalho resgatar a esperança e a boa vontade, guardadas que estão em castelos de belas poesias, em histórias de finais felizes. Trazê-las para o dia a dia real por meio de atitudes positivas, da união dos nossos esforços, da humanidade que existe em nós, eis a tarefa maior.
Haja o que houver, cumpre-nos seguir em frente mantendo apreço pela existência, com seu vaivém de alegrias e tristezas, seu sobe-desce de conquistas e perdas, suas chegadas e partidas, pois é assim para todo mundo. Sem deixar de agradecer.
A vida é um presente!
Cristina André
Publicado em 17/5/24