A sociedade espera que o poder público desempenhe seu papel, exigindo o cumprimento das regras e que realize corretamente as suas atribuições para garantir uma vida digna, tanto individual quanto coletiva. Essa expectativa é a mesma em qualquer lugar do mundo. Isso deveria ser uma questão resolvida, mas não é, haja vista o desequilíbrio social, principalmente em países como o Brasil.
A desigualdade social se manifesta em diferentes situações no cotidiano, em especial no plano econômico, levando-se em conta que a maioria das pessoas sofre por não ter condições de manter uma vida digna.
Dados das Nações Unidas revelam que 1% dos mais ricos detêm 40% dos bens globais. Relatório da ONG Oxfam revela que as 85 pessoas mais ricas do mundo possuem uma renda equivalente à soma das rendas de 3,5 bilhões das pessoas mais pobres.
Dois sistemas que já se apresentaram como eficazes para o desenvolvimento humano e falharam de forma contundente são o socialismo e o capitalismo, considerando que não há exemplos no mundo que possam sustentá-los.
O sofrimento humano poderia ser evitado se a Humanidade substituísse o modelo competitivo pelo cooperativo. No entanto, infelizmente, a cultura da disputa, o egoísmo e o populismo na política são predominantes.
O Brasil precisa de um plano nacional voltado ao bem-estar da sociedade com sustentabilidade. Um País com tantas riquezas naturais não pode continuar com uma população tão pobre. Os sucessivos governos que já estiveram no comando da Nação até o momento falharam, assim como os discursos políticos, que se mostraram estéreis, tendo em vista que a pobreza só aumenta.
Que as dificuldades enfrentadas sistematicamente pelo povo brasileiro possam criar um entendimento coletivo de que o mais importante é a construção de um plano nacional que garanta dignidade para todos, diferente das versões populistas que falharam pela falta de sustentabilidade.
Publicado em 10/3/23