Uma coisa é informar, outra é assustar. Na pandemia de Covid-19, ficamos muito assustados por tratar-se de uma doença desconhecia e mortal, de fácil contaminação. Então, mergulhamos em campanhas de prevenção, o que foi muito importante. Acontece que, lá pelas tantas, acabaram misturando a pandemia com disputa eleitoral. Neste contexto, aproveitando-se da dor de quem perdeu seus entes queridos, do receio e da fragilidade da população, entrou em operação uma máquina de gerar medo, movida a interesses econômicos e político-partidários. Sempre há interesses econômicos e políticos por trás de campanhas de massa.
Em relação à Covid-19, apesar da série de doses de vacinas já aplicadas, é prudente seguirmos vigilantes, pois o perigo ainda não passou. Mas começa a ficar esquisito o fato de indicarem a vacinação contínua; já estão indicando a quarta dose.
Enquanto isso, a máquina de assustar dispara alertas sobre Hepatite, Gripe, Dengue, Influenza Aviária, Sarampo, ciclone, bandidagem, aquecimento global, fake news, fanatismo, Lula, Bolsonaro, STF, Putin, guerra, terrorismo, ataques na internet, volta do AI5, Mensalão, Petrolão, e por aí vai. A máquina sugere que fiquemos em casa, assistindo tevê, comprando remédios e tudo mais pelo celular, saindo somente para se vacinar.
Sim, é importante ficarmos vigilantes para nos prevenirmos contra as mazelas do mundo, que sempre existiram e continuarão a existir. Viver neste mundo significa correr riscos, mas também significa a possibilidade de evolução. O ponto aqui é a interferência perigosa da máquina de assustar, que está a todo vapor.
Leandro André