No dia 7 de setembro deste ano, foram celebrados duzentos anos da independência do Brasil. O domínio português terminou com a proclamação, em 1822, após uma série de movimentos pela autonomia política.
Muitas pessoas morreram na luta pela liberdade, como aconteceu com Tiradentes, executado pela Coroa Portuguesa por defender um país livre durante a Inconfidência Mineira. Hoje, passados dois séculos, a sociedade brasileira precisa refletir com profundidade sobre a realidade política da Pátria e o conceito de independência.
Se por um lado nos tornamos uma Nação soberana, por outro, ainda nos encontramos atrelados à cultura da corrupção, sofrendo as graves consequências disso, como a brutal desigualdade social e a violência generalizada, que sufocam a liberdade.
Na Operação Lava-Jato, os brasileiros acompanharam escândalos de corrupção, envolvendo políticos que foram eleitos para conduzir o País e que traíram a causa original por ganância, interesses pessoais e corporativos.
É imprescindível que a sociedade saiba distinguir a diferença entre Pátria e governo, pois este discernimento é o primeiro passo para que se continue lutando por um país verdadeiramente livre. A Pátria é o conjunto do povo, de sua cultura e de seus valores, enquanto que o governo é o conjunto daqueles que, na democracia, são eleitos para colocá-los em prática. Isso significa que a Pátria é o que mais importa.
Apesar de narrativas questionando ações governamentais e discursos ideológicos polarizados, vivemos em plena democracia, e isso precisa ser destacado e celebrado.
Precisamos avançar na luta contra a corrupção; pela melhor distribuição de renda e justiça social. É preciso fazer com que a riqueza natural deste País gigante chegue à população de forma mais abrangente. Quando isso acontecer, as comemorações da independência do Brasil terão ainda maior relevância.
Publicado em 9/9/22