Pensar no modo global e agir com foco local tem sido um lema cada vez mais valorizado quando se intensificam os debates sobre economia sustentável, com ênfase na valorização das ações locais.
Redes de consumo se desenvolvem, visando fortalecer a economia dos municípios, criando vínculos entre produtores rurais, comerciantes, prestadores de serviços e consumidores. Este entendimento, além de promover a economia regional, contribui para reduzir os impactos ambientais, como o consumo de combustíveis fósseis, entre outras despesas do transporte de bens.
No mundo globalizado, o consumo se voltou para a compra de produtos e serviços vindos de longe, inclusive de fora do país, com aquisições via internet. No entanto, com esta mudança de comportamento, que se intensificou a partir da pandemia de Covid-19, aflora a reflexão a respeito da revisão de valores, considerando os aspectos sociais e econômicos partilhados. De repente, percebemos que é fundamental melhorarmos o que está perto, porque isso significa autovalorização e prestígio da vizinhança, consolidando a harmonia do ambiente em que estamos inseridos.
O grande desafio neste momento de transformação é voltar-se ao que está próximo, valorizando o pequeno produtor da zona rural, o comércio e os serviços em geral que estão a poucos quarteirões de nossas casas, gerando emprego e renda, aquecendo o círculo da prosperidade.
Prefeituras, câmaras de vereadores e órgãos públicos também devem participar ativamente deste engajamento comunitário, dentro da legalidade, contribuindo com o desenvolvimento regional.
Municípios que já adotam sistemas de fortalecimento local apresentam resultados positivos, destacando-se na qualidade de vida da coletividade com ambientes aprazíveis, economia sustentável e sociedade solidária.
Publicado em 22/3/24