A Carta dos Pastores

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Na semana passada, abordei aqui na Coluna sobre o valor de R$ 125 mil que a Prefeitura de Guaíba pagará para o show do cantor Fernandinho no evento do Dia da Bíblia. Ressaltei que não conheço o cantor, portanto não questiono o cachê. Foquei na questão do valor alto para apenas um show pago com dinheiro público. Destaquei que, considerando a Obra de Jesus, acredito que Ele diria para usar este dinheiro na melhoria dos casebres nas regiões onde há miséria em Guaíba. Por fim, manifestei meu entendimento de que shows nacionais e internacionais em municípios do porte de Guaíba, com vários problemas sociais, deveriam ser financiados com recursos privados.

Essa semana, recebi uma Carta do Conselho de Pastores Evangélicos de Guaíba (COPEG) e da Federação Sul Brasileira de Ministros e Leigos Evangélicos. Os pastores que assinaram a carta ressaltaram o trabalho realizado pelas igrejas evangélicas, tanto em relação à questão espiritual e assistencial quanto material.

A carta destaca, também, que para otimizar custos, foi resolvido, juntamente com o poder público, juntar dois eventos: A Marcha para Jesus e o Dia da Bíblia. O texto enfatiza que vários municípios têm contratado o cantor mencionado pelo mesmo valor de mercado. A COPEG informou que conseguiu duas emendas parlamentares que irão cobrir o valor de R$ 150 mil.

A manifestação dos pastores observa que o orçamento da Setudec beneficia eventos como Carnaval, Semana Farroupilha e outras festas e concentrações religiosas em Guaíba, atraindo turistas e movimentando a economia local.

Agradeço os esclarecimentos dos pastores e reconheço a relevância do trabalho das igrejas neste mundo tão conturbado. Entretanto, espero que minha abordagem sobre o tema em pauta não seja encarada como uma crítica impulsiva, mas como reflexão necessária no contexto cristão.

 

Leandro André

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