Famosas bandas de rock realizaram dois shows simultâneos, no dia 13 de julho de 1985, reunindo milhares de fãs nos estádios Wembley, em Londres, e John Kennedy, na Filadelfia, com rendas direcionadas ao combate à fome na Etiópia. O evento, chamado de “Live Aid”, foi transmitido para diversos países e fez grandioso sucesso. Phil Collins, um dos músicos que participou do espetáculo, lançou a ideia de considerar a data como Dia Mundial do Rock, que é celebrada apenas no Brasil graças à divulgação de radialistas.
Escrevo esta coluna na tarde deste dia 13, aguardando com entusiasmo a noite chegar, quando estaremos, eu e meu marido, na plateia do Araújo Vianna para assistir “Supertramp Experience – Especial Dia Mundial do Rock”. Porque a banda inglesa Supertramp faz parte da nossa história de vida em comum, embalou muitos dos nossos bons momentos. E o álbum “Breakfast in America” foi um colaborador casual da nossa aproximação.
Ainda bem jovem, comecei a lecionar na Escola Américo Braga, em Sans Souci (Eldorado do Sul). Certa manhã, o professor José Itiberê, que era meu colega de trabalho, contou que estava desolado pelo dinheiro que perdera na compra errada de um álbum. Gostava de uma banda americana de disco e soul, da Filadélfia, chamada The Trammps, e decidiu ir à Capital para comprar o premiado Long Play, o que era bem caro naqueles dias de economizar para adquirir discos de vinil importados.
Na loja, o professor pediu para a atendente o último “The Trampps”. Ela então perguntou se era aquela banda premiada, que cantava em inglês, ele respondeu que sim. E trouxe a mercadoria musical, acreditando ser o que queria o cliente. Contudo, já em casa, ao colocar no toca-discos, compreendeu o erro. Voltou à loja, mas não conseguiu trocar.
Sabendo sobre o meu gosto musical eclético, me ofereceu o álbum do “Supertramp”, banda que eu pouco conhecia. Mas o desconto era bom, eu gostava de uma das faixas, então comprei.
E o acaso romântico em relação ao álbum do Supertramp se deu no primeiro encontro com o meu marido, então candidato a meu namorado, que era um roqueiro de carteirinha. Falávamos em livros e discos, ele quis saber qual tinha sido o último LP que eu comprara. E quando eu respondi “Breakfast in America”, do Supertramp, seus olhos brilharam. “Bah, me empresta?”, perguntou. E aquela banda passou a fazer parte da nossa trilha sonora.
Escrevo esta coluna na tarde deste dia 13, aguardando com entusiasmo a noite chegar, quando eu e meu marido estaremos na plateia do Araújo Vianna para o show “Supertramp Experience – Especial Dia Mundial do Rock”.
Afinal, a banda Supertramp faz parte da nossa história de vida em comum, lá se vão mais de quatro décadas. E o álbum “Breakfast in America” muito contribuiu para a nossa aproximação.
Cristina André
cristina.andre.gazeta@gmail.com
Publicado em 14/7/23